Por todas as filhas e velhas que apóiam o que é bom e afastam a obediência cega a qualquer supercultura que premie somente a forma nivelada e deprecie o pensamento... por todas as filhas e velhas que estão se tornando escaladoras cada vez mais astutas de montanhas místicas e que por vezes percorrem caminhos acidentados... por aquelas que cada vez mais põem alma no que dizem, e pelos animais, águas, terras e céus... pelas que mantêm caldeirões cada vez mais fundos, que são a lente que amplia a luz do farol, que se erguem como terra firme, onde antes não havia terra... por aquelas que estão inflamadas com o desejo de ensinar e de aprender, pelas que estão apenas descansando para poder se levantar com prazer mais uma vez... por essas flores noturnas cuja fragrância tem um efeito profundo e prolongado, muito embora os botões estejam ocultos... por todas as filhas e velhas que mantêm as mãos não só no berço, mas também na roda do leme do mundo ao seu alcance... por aquelas que abandonaram algo essencial e gerador de vida, e voltaram para recuperá-lo... por aquelas que destruíram algo e pediram perdão com humildade em nome do amor... por aquelas que deixaram algo por fazer, se esqueceram, sem captar sua importância – mas voltaram, reconstruíram, amenizaram, deram "a bênção" na medida da sua capacidade... por todas as filhas e velhas que assumiram o papel de culpadas e deram tudo de si para reparar danos causados por outros... pelas filhas e velhas que sempre se interessam mais em ser amorosas do que em estar com a "razão"...
Por elas...
que se dêem conta de como sua vida é preciosa, de como,
que se dêem conta de como sua vida é preciosa, de como,
apesar de quaisquer imperfeições, elas são exatamente os baluartes,
as pedras de toque, as notas fundamentais, os paradigmas necessários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário