Quando observamos a forma de organização social, em nossa cultura, percebemos um tipo de relação que se estabelece entre homens e mulheres, uma organização social, econômica e política que tem como características as relações de poder e de submissão. Olhamos a história da humanidade e percebemos um longo caminho evolutivo deste tipo de relação. Podemos chegar à conclusão de que a humanidade sempre foi assim; cruel, destrutiva e contraditória, como demonstra nossa história.Mas se observarmos realmente toda nossa evolução histórica vamos ver que nem sempre foi assim. Voltemos cinco mil anos atrás e veremos em nossa pré-história um tipo de organização diferenciado. A existência de culturas pacíficas, voltadas à comunidade e à celebração dos ciclos naturais vistos na representação da grande deusa mãe terra. Ou seja, naquela época deus era mulher, a divindade era simbolizada no feminino. Os primeiros historiadores a perceberem esta diferenciação colocaram que seria uma sociedade matriarcal, como oposto completo de nosso atual patriarcado. Mais tarde chega-se à conclusão de que em realidade a organização das relações de poder nesta época é completamente diferenciada da que ocorre hoje. Em realidade não havia a qualificação de um gênero sobre a desqualificação de outro. Possivelmente haviam papéis definidos para homens e mulheres na estrutura social, mas o reconhecimento do saber. O poder de decisão era atribuição de ambos os sexos. Os historiadores chegaram à conclusão de que em realidade eram culturas matrilineares, ou seja, a linhagem é definida pela mãe...
por Myrthes Gonzalez
Pensamento Biocêntrico
Acompanhe este texto no endereço acima. Myrthes é mais uma mulher guerreira que tivemos o prazer de conhecer durante nossas andanças.
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