"Não precisamos do seu Conselho para parir" (Ligia Moreiras Sena)
No último domingo o fantástico, da TV Globo, mostrou uma reportagem
sobre o crescente movimento de mulheres brasileiras que, em boas
condições de saúde e um pré-natal de baixíssimo risco - escolhem ter
seus filhos em casa, com a participação ativa de seus
maridos/companheiros, com o acolhimento da família e num ambiente onde
se sentem emocionalmente seguras, acolhidas e amparadas.
Para aqueles que não viram a reportagem e desejam assistir, segue o link:
Nesta reportagem o Fantástico se referia em especial ao lindo
vídeo que mostra o parto de Sabrina, dando à luz Lucas, seu filho, em
casa, com o apoio amoroso do marido, num feliz e bem sucedido parto,
assistido por uma equipe de profissionais da saúde. O parto foi
assistido no You Tube por mais de 2,5 milhões de pessoas!
Para quem são viu, e deseja assistir este emocionante registro, segue o
link:
A questão é que no dia seguinte da matéria do Fantástico, ou seja,
ontem, o *CREMERJ *(Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro)
enviou *uma denúncia* ao Conselho de São Paulo, contra o *Dr. Jorge
Khun,* médico competente, responsável,*apoiador do movimento de
protagonismo da mulher no momento maravilhoso que é o de dar à luz um
filho, seja em casa ou num hospital.*
E mulheres de várias capitais e cidades do Brasil *vão se manifestar
neste domingo*, em repúdio a esta retaliação e à crescente pressão que
os obstetras têm sofrido dos seus conselhos para manter o parto como um
procedimento hospitalar, dessacralizado e o que é ainda mais grave no
Brasil, transformado em 90% dos casos em alguns locais em uma cirurgia
cesárea, muitas vezes absolutamente desnecessária. *O movimento deseja
dizer que as mulheres têm o direito de escolher onde parir e por quem
desejam ser assistidas!*
Eu que há 6 meses pude fazer esta escolha, fui assistida no parto da
minha filha Ananda por uma doula e mais três enfermeiras-parteiras, num
parto natural, na água, que, contudo, foi feito dentro de um ambiente
hospitalar, sei como temos que lutar com a mentalidade vigente no Brasil
para termos o direito de escolher como nossos filhos vão nascer. Apenas
ainda poucos hospitais permitem partos desta forma no Brasil, e há ainda
um forte medo e preconceito em relação ao Parto Domiciliar,
especialmente por falta de informação.
*Se você se sentir tocado ( a ) a nos apoiar, seguem os horários da
manifestação:
SÃO PAULO - domingo, 17/junho, vão do MASP, 10h.
RIO DE JANEIRO - domingo, 17/junho - 10h - início da praia de Botafogo -
link: http://www.facebook.com/events/159344160866239/
FLORIANÓPOLIS - domingo, 17/junho - 15h - Lagoa da Conceição.
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