Do grande continente africano trazemos não só a origem, mas também toda uma crença ancestral que exalta a figura feminina como a grande provedora que principiou a vida do Homem. Um desses mitos conta que no início de tudo, ligadas às origens da Terra, havia as Mães Feiticeiras. Donas do destino da humanidade, elas eram o ventre do mundo. Conhecedoras dos segredos da vida, continham em si a capacidade de manipular os opostos e, assim, manter o equilíbrio do universo. Traziam consigo a força criadora e criativa do planeta. Raízes de um misticismo que abrigava em sua sabedoria a dualidade do cosmos, detinham o poder sobre a vida e a morte, o bem e o mal, o amor e a cólera, o princípio e o fim.
Extraído do texto sobre as Candaces:
“Falar de Candace... É preciso olhar pra trás para ir pra frente. Porque atrás de nós tem um espelho e é nele que está nossa cara verdadeira. Nosso espelho é um espelho de Rainhas. Rainhas-Mães, Rainhas Guerreiras. Candaces. Somos herdeiros dessas Rainhas, temos a fala de nossos ancestrais”. (Trecho da peça Candaces – A Reconstrução do Fogo)
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