Queridas (os), este documentário passou no GNT. Compartilho esta história emocionante e inspiradora da comunidade NOIVA DO CORDEIRO, em BH.
_SINOPSE _
_A história da localidade Noiva do Cordeiro, no município de Belo
Vale, a cem quilômetros de Belo Horizonte, que é aparentemente uma
comunidade rural como tantas outras. No entanto, carrega
características que a faz diferente, já que as mulheres são maioria
absoluta e sofrem de forte preconceito e isolamento. As cerca de 200
mulheres que lá vivem são exemplo de superação e mostram como
conseguiram reverter uma herança de discriminação._
_Com narração em primeira pessoa da escritora Lya Luft, o
documentário volta à origem do povoado. Tudo começou no fim do
século 19, quando Maria Senhorinha de Lima, natural do povoado
próximo de Roças Novas, se casou com um descendente de franceses,
Arthur Pierre. Três meses depois, sentindo-se infeliz, ela abandonou
o lar e foi morar com Chico Fernandes, no local onde acabou sendo
criada a comunidade. O seu ato deixou a população escandalizada, já
que as mulheres não tinham o direito de abrir mão de um casamento em
nome do amor. Começou aí a história de preconceito e isolamento._
_A Igreja Católica rapidamente se colocou contra o casal, que foi
excomungado e difamado. Mesmo assim, o casal seguiu sua vida, teve
filhos, que tiveram outros filhos, e a comunidade cresceu. Por volta
dos anos 40, o pastor Anísio Pereira se mudou para o povoado ao se
apaixonar por uma jovem local. Ele fundou a Igreja Evangélica Noiva
de Cordeiro, que passou a ser o nome do lugar. Os preceitos dessa
Igreja eram muito restritos: as mulheres não podiam usar maquiagem,
não podiam fazer controle de natalidade e os dias de jejum
obrigatório prejudicavam o trabalho. Por conta do rompimento com a
fé católica, o preconceito dos povoados vizinhos cresceu ainda mais.
_
_As mulheres da comunidade começaram a perceber que a igreja não
trazia tantos benefícios e que, pelo contrário, dificultava a vida e
o sustento. Aos poucos, foram se desligando, até colocar um fim na
igreja local. A partir daí, passaram a viver uma vida sem religião
– mas com muita fé em Deus -, sem dogmas e sem formalidades. _
_A rotina de Noiva do Cordeiro dificultou a integração com as
populações vizinhas. As mulheres eram vistas como prostitutas,
perdidas, e esses boatos afetaram muitos relacionamentos da
comunidade. _
_Há alguns anos, as mulheres resolveram mudar essa realidade. Para
correr atrás de recursos e lutar por seus direitos, fundaram uma
associação comunitária. Com isso, conseguiram criar uma escola de
informática, a primeira da zona rural de Minas Gerais. Essa conquista
fez com que, aos poucos, começassem a ser respeitadas pelas
comunidades vizinhas. Uma fábrica de tecidos também foi montada e
aumentou a renda local._
_Atualmente, o modo de vida dos moradores de Noiva de Cordeiro é
admirado e respeitado. Na comunidade, nada é de ninguém, tudo é de
todos. Todos trabalham, todos comem o que plantam, e todos usufruem
dos benefícios alcançados._
3 comentários:
Olá, eu vi esse documentário já tem um bom tempo no GNT e fiquei muito emocionada com as histórias. Muitas mulheres corajosas e serenas ali, só poderia resultar nesse convívio maravilhoso na comunidade. A simplicidade e a sabedoria delas me tocaram profundamente. Tem muita gente que se impressiona com avanços tecnológicos, médicos e "brinquedos" de última geração, mas esquecem que o mais importante é o senso de respeito e civilidade. Elas (e eles) conseguiram isso lindamente. Essa comunidade pratica aquilo que muitas outras só pregam. Muito inspirador.
A adversidade une os iguais, não é verdade?
eU VI ESTE DOCUMENTARIO,Lindo !
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