Comparilho o poema de uma irmã de caminhada da 8ª geração de Tenda da Lua. Claudinha, grata por definir com palavras o nascer de nossa Fênix.
Beijo grande
Ana Andrade
14ª geração
Fênix
Saio das cinzas sim.
Mais uma vez ressurjo da brasa quente,
delícia brasa que esquenta reacendendo meu fogo interno,
mas dessa vez não renego nenhuma parte minha,
agrego com amor meus devaneios de totalidade
agrego minha insanidade.
delícia poder rir de minhas atrapalhações,
delícia dançar com minha escuridão e ver a luz através dela,
dessa vez agrego o melhor de mim,
agrego minhas virtudes,
agrego meu cheiro de mato e fumaça.
quero rir alto e acordar os sonhos adormecidos,
rir alto e atingir as profundezas de minha alma.
sagrada Fênix que acorda de um sono profundo,
acorda e vai tomando conta de minhas células.
o fogo não queima mais, apenas quebra a couraça.
pedras quentes, lindas contando as histórias
de minha ancestralidade.
passado, presente e futuro, todos contidos
no exato instante do agora.
reverencio a vida e
vejo-me através do olhar alheio,
refletindo como um espelho,
reflexo borrado,
reflexo com seus ângulos escuros e brilhantes.
Fênix, Fênix, Fênix seja bem vinda e
ensina-me o sagrado segredo do fogo.
Cláudia Maria
8ª geração de Tenda da Lua
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