Por todas as inteligentes e corajosas, Las sympaticas, as Gran meres e Mamãezonas e Tantes epeciales... por todas as robustas Bom Mamas e humildes Mujeres Grandes que se casaram com o próprio Amor e deram à luz cinco filhos insubmissos chamados Paz, Esperança, Sagacidade, Interferência e Impetuosidade... por aquelas reverenciadas que derramaram dentro de nós vinte, trinta, quarenta, cinqüenta, sessenta, setenta, oitenta anos de vida, que derramaram um rio de conselhos, advertências, que enfiaram no nosso bolso mapas de tesouro dobrados para levarmos ao entrar na selva... pelas que nos desafiaram, nos intigaram, cutucaram e empurraram... as ações exatas para nos fazer crescer na direção dos caminhos exatos para que pudéssemos cultivar mais nossa alma... por seus afagos carinhosos, seus olhares ternos, seus estranhos jeitos de nos incentivar a inovar e ter tanta coragem quanto elas... por seus murmúrios no nosso ouvido: Não tenha medo, estou com você, não desanime, siga em frente, brilhe agora, abaixe-se agora, e não, assim não vai funcionar, e sim, desse jeito, sim, desse jeito... por suas piadas secretas e seu gosto malicioso; por comportamentos revoltantes e qualidades enternecedoras, por estipularem limites, manterem limites, transgredirem limites; e por apagarem limites rígidos demais e ajustarem limites muito frouxos. Por essas grandes velhas, Les dames, algumas veneravelmente maduras na idade, algumas velhas no tempo da alma, mas decerto sábias, que atuam como o Norte Verdadeiro para outras – pelo simples fato de existirem...
Por elas...
que sejam mantidas em segurança, alimentadas por muitas fontes,
que sempre recebam demonstrações de amor e gratidão,
que mantenham sua alma vicejante
a céu aberto para que todos vejam.
Ana Eçaí
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