30 de jun. de 2010

Iniciação ao Tarô


Mulheres maravilhosas, nossa irmã Luciana Furquim estará focalizando trabalhos com o Tarô neste mês de julho, aproveitem a palhinha da bruxa, hehehe.

Luciana Furquim
Educadora, Reikiana, Terapeuta Transpessoal, desde cedo no seu caminho o Tarô se apresentou como uma ferramenta auxiliar na busca do auto-conhecimento.

Partilhando a Vivência do Retiro "Complemento Divino"










Bem... gostaria de conseguir colocar em palavras este final de semana passado, mas IMPOSSÍVEL. Tento buscar alguma coisa em minha parte cognitiva mas, chegamos à um nível que a cognição não explica. SUPERAÇÃO, INTENSIDADE, ENTREGA, CONFIANÇA, AMOROSIDADE, INTEGRAÇÃO, CUIDADO, AFETO, são algumas palavras que expressam um "pouquinho" do que tivemos neste encontro.

Mas um irmão querido entre nós deu voz ao seu coração, para de alguma forma, agradecer a beleza do Encontro. Compartilhamos:

Primeiramente agradeço imensamente e do fundo do meu coração tudo o que passamos neste final de semana. Por alguns momentos acreditei que seria loucura chegar as dez da noite ir em casa, pegar o carro e sair na chuvarada para um lugar desconhecido, com pessoas que pouco conhecia, para uma vivência que nem imaginava do que se tratava. Não criei bloqueio, a coisa aconteceu e acredito de forma convicta que era para ter sido assim e assim foi, pois estava eu lá quase meia-noite chegando a um lugar mágico, onde passaria momentos inesquecíveis da minha vida. E foi assim todo o final de semana. Gostaria que se possível, transmitam isso para todo o grupo, pois tive sonhos reveladores, e creio que fui aos primórdios de minha existência não neste plano, mas com certeza de vidas muito antigas. Pude resgatar sentimentos e vontades a muito esquecidas ou adormecidas dentro do meu atual ser-estar. Com isso renasce dentro de mim aspectos de grande espectro, e que abrangem minha vida como um todo, corpo-mente-espirito e que com certeza farão toda a diferença sob minha vida terrena atual – profissional, sentimental e conseqüente relação com as pessoas que me cercam. Honro muito este momento, e novamente agradeço a todos que estiveram lá em corpo, em espírito e todas as entidades que se fizeram presente nos presenteando com tantas palavras amorosas e orientativas. Foi muito bom conhecer pessoas tão magníficas e repletas do amor verdadeiro. Espero que possamos estar mais vezes juntos, pois jamais quero perder este foco, esta chama........que possamos todos brilhar juntos sempre...
Beijos com muito carinho.
C.S.Q.(Mais fotos no orkut do Clã)

Mais partilha:


Amados,

Deixar que se abra a porta do mistério que habita em nós, e se colocar como intermediaria desta Força, desta Luz; é Dar seu Testemunho, é Estar a Serviço, é se Colocar a Disposição, é Exercer seu Dom.

O que quero dizer, é que honro os corações de vocês Ana‘s e Rafa’s. Por nos proporcionar, e fazer dar-nos conta, relembrando através desta vivencia do Mestre Kuthumi e Mestre Clara, que existe um sandeiro de liberação. É assim, como o silencio que se expande sem fronteiras, abrindo horizontes onde tudo é possível, fantasiando nosso fazer cotidiano e aceitando nossa condição alquímica de Seres de Luz, Seres de Amor. Levando a esperança, num caminhar radiante e nos doando como uma oferenda para os demais Seres.

Se permitir sentir, e fazer parte desta força Incomensurável que nos arrasta, e deixar fluir em nós, e expandir a sua expressão de Amor.

Obrigado por mais uma oportunidade de crescimento evolutivo, obrigada também a cada coração que estava no encontro, amo vocês

Beijo em seus corações

Inez


Vivências Xamânicas, Védicas e Andinas


Queridas, a Cris Muller, irmã querida de caminhada, também guardiã dos Círculos Sagrados de Visões Femininas, está no Brasil e anda pelo Sul... acompanhem seus trabalhos pela página dela: www.tribuholistica.com e venham participar conosco no CICC PAZ:

08 de julho de 2010
Oferenda a Terra Pachamama
Cerimônia de Gratidão e Cura Planetária
c/ Cristine Muller Takua

Público: Masculino e Feminino
Local: CICC PAZ
Rua São Jerônimo, 76 - centro - Esteio/RS
Horário
: 19h30 as 23h

Doação Miníma: R$20,00

Inscreva-se antecipadamente: clafilhasdalua@gmail.com

Focalizadora:

Cristine Muller Takua - Terapeuta Holística, Mulher de Medicinas, com formação em Enfermagem, comunicação em saúde, Reiki, Florais, Yoga, Ayurveda, Xamanismo, experiencia vivencial com Grupos Indígenas, focalizadora de Círculos Femininos, residente no Peru há 2 anos. Coordenadora da Tribu Holistica.

29 de jun. de 2010

A Arte da Deusa Tríplice

Meninas, não percam esse trabalho lindo que estarei tecendo junto à querida Rosana Costa.
Domingo - 04 de julho - 15h30min
Local: CICC PAZ - Esteio/RS
Increvam-se antecipadamente devido ao espaço físico.

24 de jun. de 2010

Sinais do Despertar

Os Sintomas de Shaumbra
Os Doze Sinais do Seu Despertar Divino

De Geoffrey Hoppe e Tobias

  1. Dores no corpo e sofrimentos, especialmente no pescoço, ombros e costas. Isto é o resultado de intensas mudanças no seu nível de DNA, enquanto a "semente Crística" é despertada interiormente. Isto também passará.
     
  2. Sentimento de profunda tristeza interna sem aparente razão. Você está soltando seu passado (dessa vida e de outras) e isto causa o sentimento de tristeza. Isto é semelhante a mudar-se de uma casa na qual você viveu por muitos, muitos anos para uma nova casa. Por muito que você queira mudar-se para uma nova casa, existe uma tristeza por deixar as memórias para trás, energias e experiências da velha casa. Isto também passará.
     
  3. Chorar sem razão aparente. Semelhante ao item 2 acima. É bom e saudável deixar as lágrimas fluírem. Isto ajuda a soltar a velha energia interna. Isto também passará.
  4.  Repentina mudança no trabalho ou carreira. Um sintoma muito comum. Como você muda, coisas a sua volta igualmante mudarão. Não se preocupe em achar o emprego "perfeito" ou carreira agora. Isto também passará. Você está em transição e poderá fazer várias mudanças de empregos até se estabelecer em algum que caiba sua paixão.
     
  5. Afastar-se das conexões familiares. Você está conectado com sua família biológica via velho carma. Quando você sai do ciclo cármico, os vínculos das antigas conexões são soltos. Vai parecer que você está afastando-se de sua família e amigos. Isto também passará. Depois de um período de tempo, você pode desenvolver uma nova conexão com eles, se isso for apropriado. Porém, a conexão será baseada na nova
    energia sem elos cármicos.
     
  6. Padrões de sono pouco comuns. É provável, que você acorde muitas noites entre duas e quatro horas da manhã. Há muito trabalho sendo feito em você, e isso muitas vezes faz você acordar para dar uma respirada" . Não se preocupe. Se você não puder voltar a dormir, levante-se e faça alguma coisa. É melhor do que deitar na cama e preocupar-se com coisas humanas. Isto também passará.
     
  7. Sonhos intensos. Nestes podem ser incluídos sonhos de guerra e batalhas, sonhos de caçadas e sonhos com monstros. Você está literalmente soltando a velha energia interna, e estas energias do passado são muitas vezes simbolizadas como guerras, corridas para escapar e o "bicho papão". Isto também passará.
     
  8. Desorientação física. Em tempos você sentirá muito sem chão. Você estará "mudando espacialmente" com a sensação de que você não pode por os dois pés no chão, ou que você está andando entre dois mundos. Conforme sua consciência muda para a nova energia , seu corpo algumas vezes "atrasa-se" e "fica para trás", isto é, ele não acompanha. Gaste mais tempo na natureza para ajudar a aterrar a nova energia interior. Isto também passará.
     
  9. Aumento da "conversa consigo mesmo". Você encontrar-se-á conversando com seu "Eu" mais freqüentemente. Você de repente perceberá que esteve batendo papo com você mesmo pelos últimos 30 minutos. Existe um novo nível de comunicação tomando lugar dentro do seu ser, e você está experimentando a "ponta do iceberg" com a "conversa consigo mesmo". As conversas aumentarão, e se tornarão mais fluídas, mais coerentes e com mais visões interiores. Você não está ficando maluco. Você é apenas Shaumbra movendo-se para a nova energia.
  10. Sentimentos de solidão, mesmo quando em companhia de outros.Você pode sentir-se sozinho e longe dos outros. Você pode sentir desejo de evitar grupos e multidão. Como Shaumbra, você está percorrendo um caminho sagrado e solitário.Tanto quanto os sentimentos de solidão causem ansiedade, é difícil, neste tempo, contar sobre isto a outros.Estes sentimentos de solidão estão associados ao fato de seus Guias terem partido. Eles estiveram com você em todas as suas jornadas, em todos os cursos de suas vidas. Era tempo deles se afastarem, assim você ocuparia esse espaço com sua própria divindade . Isto também passará. O vazio interior será ocupado com amor e energia de sua própria consciência Crística.
     
  11. Perda da paixão. Você pode sentir-se totalmente desapaixonado, com pouco ou nenhum desejo de fazer qualquer coisa. Isto está certo, e isto é apenas parte do processo. Pegue este tempo para fazer nada mesmo.
    Não lute com você mesmo por isso, porque isto também passará. É semelhante a reprogramar um computador. Você precisa fechar por um breve período de tempo para poder carregar com o novo e sofisticado software, ou neste caso, a nova energia da semente Crística.
     
  12. Um profundo desejo de ir para Casa. Esta talvez seja a mais difícil e desafiante de qualquer uma das condições. Você pode experimentar um profundo e irresistível desejo de voltar para Casa. Isto não é um sentimento suicida. Não é baseado numa frustração ou raiva. Você não quer fazer um grande negócio disto ou causar drama para você mesmo ou para outros. Tem uma quieta parte de você que quer ir para Casa. A raiz que origina isto é bastante simples. Você completou seus ciclos cármicos. Você completou seu contrato para esta duração de vida. Você está pronto para começar uma nova vida enquanto ainda está neste corpo físico. Durante este processo de transição você tem lembranças interiores do que é estar do outro lado. Você está pronto para alistar-se para outra viagem de serviço aqui na Terra? Você está pronto para um contrato de desafios de mudanças em direção à Nova Energia. Sim, na verdade você pode ir para Casa agora mesmo. Mas, você veio até aqui, e depois de muitas, muitas vidas seria um pouco frustrante ir embora antes de ver o final do filme. Além disso, O Espírito precisa de você aqui para ajudar outros na transição para a nova energia. Eles precisarão de um guia humano, como você, que fez a jornada da velha energia para a nova. O caminho que você está percorrendo agora fornece as experiências que te habilita a vir a ser um Professor para o Novo Humano Divino.Tão solitária e escura que sua jornada possa ser às vezes. Lembre que você nunca está só.

Direitos de cópia 2006 de Geoffrey Hoppe, Golden,CO. Preparado em colaboração de Tobias do Círculo Carmesim. Por favor, distribua gratuitamente sem propósitos comerciais.

Traduzido por Selma Gentil Ribeiro Gonçalves.
Florianópolis-Santa Catarina.
e-mail selmasolua@hotmail.com.br

23 de jun. de 2010

Quem é a Madona Negra?

É a Mãe Terra, o Princípio Feminino, nossa Mãe Primordial, símbolo de Sabedoria e integração e resolução dos opostos.
Como perpetuação das poderosas deusas da antiguidade,ela volta com as características sagradas de Maria - a Virgem. Metaforicamente Virgem, mas não no sentido do Patriarcado, porque não pertence a nenhum homem e sim a todos os homens. Doadora de vida, dela provêm os homens como frutos da terra e à ela todos retornam, à Mãe Natureza, à Deusa Mãe.

Dela é o Espírito Santo - parte feminina de Deus, fogo sagrado que provem do centro da terra. Fazendo macroscópicamente o percurso do fogo serpentino da Kundalini, ele atravessa o corpo da terra, saindo transmutado no Espirito Santo.

A história da Madona Negra possui a qualidade dos mistérios profundos. Contem portanto um segredo herético que não pode ser revelado através da escrita e sim só transmitido pela tradição oral, privilégio dos iniciados. Do que pode ser revelado pela escrita, temos o registro histórico que nos remete aos cultos da Mãe Terra, da Grande Mãe - a Deusa.
"A escuridão precede a luz e ela é me" (inscriço no altar da Catedral de Salerno). A primeira sabedoria era escura e feminina, útero eterno que na tradição religiosa Africana do Candomblé é representada pelo poder ancestral feminino Iyá-mi-Osorongá (minha mãe Osorongá). Este útero eterno, matéria informe, o ventre da terra, é simbolizado pelo igbá - a cabaça que é a totalidade, o conteúdo e o continente. A cabaça contem um pássaro - Atioró, que representa simultaneamente o poder de gestação e o elemento procriado. Iyá-mi é a senhora dos filhos pássaros e é tão poderosa que seu nome não pode ser pronunciado sob pena de destruição destes mesmos filhos. A ambivalência de seu poder aparece no mito que conta que quando chegaram ao mundo as Iyá-mi-Eleyé, as mulheres pássaros fundadoras do mundo, distribuíram-se sobre sete árvores representando os sete tipos de atividades diferentes. Sobre três destas árvores elas trabalharam para o bem, sobre as outras três trabalharam para o mal, e sobre a sétima elas trabalharam tanto para o bem quanto para o mal. Nossa Grande Mãe Iyá-mi a Sustentadora do Mundo contém também em si a Mãe Terrível, mas é primordialmente um símbolo integrador, capaz de aplicar seu poder na resolução de todos os opostos.
Rainha excelsa deste poder feminino ancestral, reina ainda nos dias de hoje, principalmente no Brasil e na Africa, OXUM, a mais eminente das Iyás em um culto vivo às grandes mães. Orixá de todas as águas, rios, cascatas, córregos e inclusive do mar (em país Yorubá), Oxum é a genitora por excelência e ao mesmo tempo mãe ancestral Suprema, ligada à procriação e também patrona da gravidez. Protege os fetos e vela por eles após o parto até enquanto não tiverem armazenado um conhecimento que lhes permita falar. "A cura das crianças lhe pertence e Oxum não deve ser inimiga de ninguém" - texto Yorubá. Oxum é representada em algumas narrações como um peixe mítico, pois os peixes são considerados seus filhos. As escamas do corpo de Oxum, como peixe mítico, simbolizam estes filhos. Da mesma forma que os peixes, os pássaros a personificam. Estes são representados pelas penas. "Seu corpo de peixe ou de enorme pássaro mítico está coberto de escamas ou de penas, pedaços do corpo materno, capazes de separar-se, símbolo de fecundidade e procriação" - Juana Elbein dos Santos.

Nas religiões egípcias e gregas a alma é representada pelo pássaro que sempre acompanhou as Deusas Mães e que acompanha a Madona Negra como o Espírito Santo acompanha Maria.

As mais antigas manifestações do culto à Mãe Terra datam da Pré-história. Uma das manifestações que chegou até nós é uma pequena figura: "La Polichinelle". Ela foi trazida à luz por um trabalhador perto das cavernas de Grimaldi. Seu perfil mostra nádegas, seios e barriga bem protuberantes. A justificadamente famosa Venus de Sespugne (Pirineus, França) tem nas costas linhas verticais que lembram penas de cauda de pássaro. Em Ur encontramos outro arcaico registro de culto à Deusa Mãe, uma pequena estatueta na qual ela era representada com seu filho divino, ambos com cabeça de cobra.

Ela aparece na Suméria como a popularíssima Inanna de dupla personalidade: de manhã é uma valorosa "Senhora das Batalhas", deusa dos heróis, e de noite torna-se a deusa da fertilidade, dos prazeres do amor. Fertiliza os graõs da terra e o homem. Não pertence a um só homem, mas a vários. Suas sacerdotisas são as "prostitutas sagradas" que, tais quais as virgens que não pertencem a nenhum homem, elas também no pertencem metaforicamente a nenhum por pertencerem a todos. Têm um ventre múltiplo que é de todos os homens, pois delas é o ventre da deusa Inanna - a Mãe Terra, na qual elas se transformam. O culto a Inanna tinha no ato sexual sua prática principal porque restabelecia a androginia original através da prostituição sagrada.

Vemos a Mãe Terra ser adorada como Isthar na Babilônia e posteriormente como Ísis no Egito e como Astarte entre os hebreus. Na Frígia ela aparece como Cibele (a Diana dos 9 fogos, indicativo de fertilidade).

Como deusa grega recebe o nome de Rea, Gea ou Demeter, sempre densa, profunda, misteriosa e escura. Suas equivalentes romanas são Tellus, Ceres e Maia.

Ainda no Egito a Mãe Terra aparece como Neith, a mais velha e a mais sábia das deusas. Protetora dos mortos e da guerra, estava à frente das artes úteis. Ela é o céu noturno que se arqueia sobre a terra formando com suas maõs e pés as portas da Vida e da Morte. Andrógino primogênito é uma virgem que se fertilizava a si mesma, trazendo a vida que produzia todos os mundos.

A Mãe Terra deusa celta é Annis (ou Anu) e seu culto alcança a Europa.

Porém, onde mais se desenvolveu o culto à Mãe Terra (nossa Madona Negra) foi na cultura cretense-egéia, onde a Deusa Mãe era originariamente venerada em grutas e cujos sacerdotes eram mulheres. Ela é a Lady of the Beasts, das montanhas e dos pássaros. As serpentes e os animais do mundo inferior e os selvagens eram sagrados para ela e a pomba estava na sua coroa como o Espírito Santo está na de Maria. É a mãe animal com os seios sempre a descoberto e que, como uma cabra, porca ou vaca amamenta o menino Zeus. Como indicam as vestes de peles e as roupas das sacerdotisas sempre com os seios a descoberto, o seu culto data da Idade da Pedra. No centro do grande culto à fertilidade em Creta está o touro, o duplo machado (ou labris), o Minotauro e o labirinto.

O touro é o instrumento masculino que fecunda e ao mesmo tempo é a vítima da fecundidade, como atesta o seu sacrifício que ainda hoje encontramos nas touradas.

A deusa de Creta - Demeter dos gregos - é a senhora do mundo inferior, das profundezas da terra e da morte. Seu ventre terreno é o ventre da morte, como também é o centro da fertilidade de onde a vida emana. Entrar no Labirinto significa entrar neste ventre para encontrar a morte e de onde, tal qual o graõ de trigo, sai-se gloriosamente renascido. 

AS DEUSAS-MÃES NO MUNDO CRISTÃO - A MADONA NEGRA

Com o começão da Era Cristã declina o culto das divindades de todos os Olimpos. O culto à Mãe-Terra sofre este mesmo declínio e passa a ser clandestino. Chegam até nós somente os ecos de alguns cultos como os mistérios de Eleusis no qual se cultuavam Demeter e Perséfone. Artemisia, em Éfeso, continua por um bom tempo reinando inabalável. Nem mesmo o Apóstolo Paulo conseguiu impedir seu culto. Ela era também Diana, a Hécate do mundo romano, a deusa da madeira e do ramo dourado, sendo este um traço característico dela e das Madonas Negras, que foram muitas vezes encontradas em árvores.
As três grandes deusas do Leste, Isis, Cibele e Diana dos Éfesos, que eram representadas como negras, se estabeleceram no Ocidente antes da romanização.
No mundo celta a adoração das três deusas (Deae Matres) e da deusa égua Epona floresce entre os druidas e continua sob o domínio romano.
No litoral mediterrâneo desde Antibes, Barcelona, até a região da Galícia, desenvolveu-se o culto às três deusas e hoje em dia é onde vamos encontrar a maior concentraço de Madonas Negras.
Em geral, é de consenso que as primeiras imagens da Madona Negra e seu divino filho seriam representações de Isis e Horus. Nos últimos séculos do domínio de Roma, o Ocidente acolhia Isis e Cibele ( que chegou a ser no século III a deidade máxima de Lyon, capital das 3 Gálias) como grandes deusas universais. Em Paris, por esta época reinava Isis, até ser substituida cristmente por Santa Genoveva, sua atual patrona.

Os merogínios adoravam a Cibele como a Diana dos Nove Fogos (da fertilidade). Em 679, Dagoberto II o Santo Merogínio, estabeleceu o culto a "Aquela que hoje recebe o nome de Nossa Senhora e que é a nossa Isis Eterna". Seu nome como Madona Negra era Nossa Senhora da Luz.
Até o século IV percebe-se uma religiosidade baseada na Grande Mãe Universal e suas características suaves de amor, perdão e acolhimento. A igreja cristã, estabelecida a partir de Constantino, porém, privilegia e exige de seus seguidores uma fé cega que enfatiza a masculinidade desafiante e rígida dos seus mártires. As qualidades sublimes e sutís do feminino são renegadas e um período de obscurantismo e clandestinidade se abate sobre o culto das matriarcas Deusas, doadoras de vida, prazer e felicidade. O Patriarcado passa a exercer sua face mórbida e cruel.

O princípio feminino esboça um movimento emergente no Renascimento Gótico. Na França surge no século XII uma ordem religiosa e de cavalaria cercada de mistérios: a Ordem do Prioato de Nossa Senhora do Sion, que interessa-se apaixonadamente pelo culto às Deusas Mães, agora já na figura cristianizada da Madona Negra. A mais importante contribuição histórica do Priorato foi um notável antecedente em batalhar pela igualdade de direitos da mulher.

Porém as Madonas Negras só tornam-se fortemente presentes a partir dos Cruzados. Especialmente os templários que traziam para suas pátrias estatuetas de virgens negras, que eram tidas como exóticas representações pagãs. A grande festa dos Templários era Pentecostes, dia do Espírito Santo, e como vimos, a Pomba pertence à Mãe Terra como o Espírito Santo pertence a Maria.
Pentecostes era também a grande festa Arturiana do Graal, objeto de busca sagrada que aparece por esta época.
Os Templários passaram à história como os guardiões do Graal. O Santo Graal protegia a terra, a nutria e concedia-lhe fertilidade, poderes similares aos da Mãe Terra e da Madona Negra.
O princípio feminino se revela no Graal, como também o culto à corte do Amor praticado pelos Trovadores através da inteira dedicação à Dama.

O século XIV entretanto marca o fim desse reflorescimento do feminino, com as primeiras fogueiras acesas pela Inquisição, que arderam 500 anos. Esta grande fogueira queima e difama os Templários e encabeça a "caça às bruxas", numa tentativa de eliminar o princípio feminino de prazer, liberdade e bonança da Mãe Terra.
As piras das bruxas só se extinguiram na Era da Razão. Apesar de aparentmente não corresponderem ao ideal da Era da Razão, as pequenas Madonas Negras aparecem como um símbolo de uma Força Formidável, mais antiga e poderosa do que a de um Rei ou Papa.
Elas são uma fonte de vida elementar e incontrolável como a Liberdade. Possuidoras de um espírito e sabedoria própria, não se submetiam a nenhuma organizaço ou lei nacionalista. A volta da parte feminina de Deus levanta o entusiasmo popular e a humanidade experiência diretamente o sagrado pelas aparições da Virgem de Lourdes e La Salete no século XIX, entre outras.

Paralelamente a estes fenômenos religiosos da aparição da Virgem (no século XX Fátima), surge um fenômeno sociológico que assombrou o mundo. A revoluço sexual, a emancipação das mulheres por meio da igualdade de direitos e deveres e o controle da natalidade. Vimos que no culto de Inanna, a prostituição sagrada era o ato que restabelecia a androginia original. Este culto volta no século XII trazendo Madalena como a "prostituta arrependida". Posteriormente, ela é Santa Maria a Egípcia e são veneradas como Madonas Negras. Esta necessidade de conciliar sexualidade e religião, como nos primórdios do culto à Deusa Mãe Terra, podemos hipotetizar que torna-se o maior legado das Madonas Negras e lhes outorga o poder de integrar opostos. O seu regresso ao primeiro plano da consciência coletiva vem assegurar a queda da rigidez patriarcal.
Olhando com tolerância a busca do prazer pela vida, da alegria e do cultivo das sutís qualidades femininas, burla as hipócritas leis masculinas. Politicamente está a favor da Liberdade dos povos e de sua dignidade. Sua função mais importante é poder juntar a Justiça com a Misericórdia, qualidades pelas quais as Madonas Negras são veneradas pela humanidade.
Tal e qual o Espírito Santo, a parte feminina de Deus é a consoladora dos Aflitos e aparece misteriosamente onde há mais sofrimento do povo e necessidade de amparo, como atestam estas aparições:
Destinada a ser a patrona de seu povo, aparece no século XI Nossa Senhora da Floresta Negra, onde hoje há a Abadia Einsiedeln.
Nossa Senhora Subterrânea surge também por esta época em um antigo recinto sagrado dos druidas, em Chartres.
A Madona Negra de Montserrat foi descoberta entre pedras, por pastores em Barcelona, e a Madona Negra de Prates, dos Pirineus, é descoberta como Artemis em uma árvore.

A Senhora de Guadalupe, a Madona Negra de todas as Espanhas, inclusive do México, é encontrada por um vaqueiro depois de ter passado 600 anos enterrada em um ataúde de ferro.
A Virgem de Copacabana, patrona da Bolívia, é encontrada por pescadores, após serem eles salvos milagrosamente de uma tormenta no lago Titicaca.

No Brasil, em 1717 um pescador acha no rio Paraíba em São Paulo, a Madona Negra Nossa Senhora Aparecida, padroeira de todo o Brasil e venerada hoje na cidade que leva seu nome. É uma pequena e esplendorosa figura feminina preta que se apoia numa lua crescente. Conta a lenda que, ao ser descoberta, esta pequenina estátua torna-se extremamente pesada, impedindo que o pescador a levasse daquele lugar onde foi feita inicialmente uma pequena guarita para ela. Hoje lá existe uma cidade-santuário com basílicas, inúmeras igrejas e toda uma infra-estrutura de uma cidade que já acolheu o Papa e acolhe o ano inteiro peregrinos de todo o Brasil, numa grande, alegre e colorida festa religiosa.

E, na tradição Afro-brasileira, a Madona Negra é nossa orixá Oxum, Grande Mãe, patrona da gestação e dos bebês, dos Rios e dos Mares, do Ouro, do Mel e do Riso, da Beleza, da Sedução, da Astúcia e Sabedoria, nossa Me Ancestral Suprema: Iyamí-Akokó.

Por Carminha Levy
Fonte: www.tranceform.org
Leia mais:

16 de jun. de 2010

Mudança de local devido à chuva


Flores, este evento será realizado no PREMA OM com apoio do Espaço Thotem DNA.
Aguardo vocês.
Beijo

13 de jun. de 2010

O Inverno segundo Léo Artése


O inverno chega para renovar as esperanças, trazer novas promessas de realização. O momento de purificação e renascimento. O vento frio purifica e limpa a Terra. Faz com que as pessoas fiquem mais em casa, mais para dentro, a fim de manter o calor.
É associado à velhice, aos anciãos (os sábios e ancestrais tinham seus cabelos brancos como a neve do inverno). É ligado ao Corpo Mental, ao pensamento, à reflexão. A hora do dia é a meia-noite. É o local de preces e de agradecimento. É o local da honra, o melhor para conexão com nossos ancestrais xamânicos e seres extra terrestres).
No inverno tudo parece estar meio adormecido, congelado, mas, na verdade, grandes crescimentos estão ocorrendo. As sementes que estavam dentro da Terra começam a se enraizar. O crescimento é para dentro. Esse crescimento interior, essas raízes é que permitirão à planta desabrochar na primavera.
O inverno é para desacelerar, reduzir a velocidade e aprendermos a entrar na escuridão e quietude de nossos sonhos.
Na estação inverno, nossos corpos não se movimentam tanto quanto no outono e nem como se movimentarão na primavera e verão. Assim vamos buscando a sabedoria e calor do espírito para trazê-los para dentro de nós.
Aproveitamos o inverno, para compartilhar mais em casa nossas experiências e ensinos, avaliamos nossas realizações e propósitos, praticamos a paciência e nos preparamos para as mortes e renascimentos.
Estudando a Roda Medicinal (Medicine Wheel) dos nativos norte-americanos, fui inspirado a adaptá-la para as realidades ecológicas do Hemisfério Sul. Nessa adaptação o inverno é associado à Direção Sul. O Sul é a parte mais gelada de nosso Hemisfério (Pólo Sul). O Sul é o local da doação, é o portal da sabedoria, do conhecimento, do intelecto.
O Corpo Mental é visto como uma mente invisível que pode ir a qualquer lugar , não é presa pelo racional e o conhecimento, é aquilo que pode ser transformado em sabedoria.
Na metáfora da Terra sendo renovada e purificada pelo inverno, podemos transformar os acontecimentos em experiência de vida, nos preparando para períodos de crescimento. Época para libertar de velhos padrões negativos de comportamento, preparar-se para pequenas mudanças e para as mudanças maiores que virão. A energia do inverno ajuda as pessoas a atingirem uma compreensão de suas próprias vidas, a ter a aceitação do que elas alcançaram ou não.
O inverno é a estação propícia para a paz, para recuperar o poder, perdoar, ter compaixão por tudo à sua volta. É a estação da ressonância harmônica ensinando que além de se harmonizar, você pode levar harmonia, fraternidade, caridade, onde quer que vá, praticando a boa vontade para com toda a humanidade.
O inverno representa os buscadores de conhecimentos que nos oferecem novas visões da humanidade e também os sábios e anciões que serviram-nos de inspiração através dos tempos. Celebra a alegria de pertencer, o valor do vínculo familiar e dos relacionamentos. Marca um tempo para fazer ajustes, da purificação da intenção, a preparação da chegada da primavera e a transição para um novo ciclo de atividades da Roda do Ano.
Para alguns nativos americanos o “Animal Totêmico” do inverno é o Búfalo Branco. No período do Inverno, o Búfalo Branco, solta uma grande quantidade de fumaça branca, simbolizando a fumaça do Cachimbo Sagrado, instrumento de preces e ação de graças. É através da fumaça do cachimbo que eles enviam suas preces ao Grande Espírito. 
 O inverno oferece a energia para revermos tudo aquilo que aprendemos em nossa vida, para incorporar os conhecimentos da Fonte Superior e entender melhor a vida na Terra. Momento para melhor escutar e compreender e integrar palavras, pensamentos e atos.
O conhecimento é aquele que provê respostas para as questões: que, quem, onde e como; e a sabedoria responde o por quê. De nada vale um conhecimento a serviço da vaidade ou somente para estimular a mente. Ele só tem validade se é transformado em sabedoria através do amor.
Com o inverno chega a noite mais longa do ano e o início do período de “Regeneração da Terra que contém em si a semente da luz e proporciona um grande momento para vislumbrar o futuro, ativar as sementes de novos planos e preparando-as para o nascimento.
Segundo os ensinamentos da Roda Medicinal, os 3 portais dos caminhos espirituais do inverno, um conjunto de práticas de virtudes, que influenciam nosso corpos (corpo, mente, emoções, alma) são:

Limpeza

No nível físico limpeza é desintoxicar o corpo. Principalmente da bebida, comida, cigarros, remédios. Adotar práticas saudáveis para manter o corpo limpo. No nível mental serve para livrar-se de velhas idéias, idéias repetitivas, limitantes. Limpar a mente de preconceitos, bloqueios, formas de pensamento inadequadas, negativas, pessimistas. No nível começa a trabalhar emoções que estão bloqueadas e abrir os sentimentos das pessoas, limpar nossos lixos emocionais, mágoa, culpa, etc. No nível espiritual fortalece o conceito do que é Sagrado, para limpar conceitos obsoletos, e para queimar as máscaras atrás da qual se escondem problemas e impurezas.

Renovação

O corpo físico recebe a energia para melhorar a saúde, colocar-se em boa forma e restabeler o equilíbrio energético No nível mental inspira a ter atitudes mentais saudáveis, para ter novas idéias ou reestruturar as antigas. No nível emocional inspira a auto-estima, o amor-próprio. No nível espiritual facilita a conexão com a base de nossas crenças espirituais, a formular nossas próprias cerimônias, para focalizar a espiritualidade. Renova nossa crença na bondade de toda a vida. Estimula as habilidades psíquicas e proféticas e lembranças de outras vidas.

Pureza

No corpo físico, procurar por alimentos puros, integrais, respirar bem, atitudes saudáveis, purificar o corpo. No mental é olhar para o mundo com os olhos de uma criança. Livrar-se dos preconceitos, sarcasmos, julgamentos, fofocas, intrigas. No nível emocional é praticar a honestidade, a espontaneidade, receptividade, integridade, buscar de equilíbrio e auto-realização. No espiritual é nosso encontro com o Eu Superior, com a alma. Buscar Essência Divina e confiar mais.
A Roda Medicinal marca também as luas do período de Inverno. As luas do inverno inspiram a contemplar a vida e seus paradoxos e sobre a morte. É tempo de aprender a ter paciência. Época em que as habilidades psíquicas e místicas estarão bem acima da média. Para contemplarmos os presentes que a vida nos deu, praticar doações. 

Todos os seres vivos são sensibilizados pelos campos magnéticos e elétricos da Terra

Para resgatarmos o “Sagrado” é fundamental a criação de uma atmosfera sagrada que proporcione um estado de consciência para garantir a entrada numa determinada Rede de Poder, a Criação do Espaço Sagrado. O estabelecimento de um momento mágico.
Segundo Stephen Larsen, os mitos surgem dos rituais ou estão nele encerrados. Os rituais são a materialização dos mitos. Se não temos consciência dos nossos mitos, estes podem transformar em rituais não deliberados. Os rituais muito repetitivos tornam-se crenças míticas, ou as provocam, razão pela qual são usados para a perpetuação de sistemas religiosos.
Campbell escreveu: \\\"Os mitos são o apoio mental dos ritos; estes, a representação física dos mitos\\\". Ou seja, o ritual é uma forma de vivenciar o mito.
Nas sociedades tradicionais, a relação do mito com a vida é evidenciada por grupos. Do ventre ao túmulo, as fases interiores de maturação são marcadas por ritos correspondentes - entre os quais a puberdade, o casamento e o nascimento.
Nossos ancestrais conheciam  as fases de desenvolvimento e os rituais necessários para criar uma estrutura mítica de transformações para a psique em crescimento. Ritos, rituais, celebrações e cerimônias fazem parte da história humana desde os primórdios, e existem até hoje. Através dos rituais, lidamos com o subconsciente ou inconsciente, e entramos em contato com realidades invisíveis, que não são acessadas através da mente ordinária. 
Tudo no Universo se move com harmonia e em ciclos; a mudança das estações, o nascimento e a morte de galáxias, até nosso próprio senso de quem somos de verdade. Por milhares de anos nossos ancestrais tiveram consciência da vida e morte como um fluxo contínuo. Compreendiam que  era importante marcar os ciclos de renovação - como solstícios e equinócios, por exemplo - e acreditavam que fazendo isso ajudavam o cosmos a crescer e mudar.
As práticas sazonais são muito mais do que o simbolismo, é uma forma de revivermos a ordem natural da vida, aumentar nossa consciência ecológica, proceder mudanças, reafirmar nosso compromisso com a vida.
 Os solstícios e equinócios não se relacionam diretamente com a adoração de deuses, e sim com a própria vida natural, portanto, seja o praticante de qualquer religião, poderá expressar gratidão pelas dádivas da luz e beneficiar-se desse relacionamento do Planeta com o Cosmos.
 Todos os seres vivos são sensibilizados pelos campos magnéticos e elétricos da Terra. Esses campos mudam com a alternância dos ciclos diários e anuais, de acordo com a posição do Sol e da Lua. Nossos corpos são regidos por esses ciclos, a temperatura corporal aumenta e diminui afetando o metabolismo, respiração, o fígado, digestão, ritmo cardíaco e outras funções biológicas. Também sentimos no apetite, na disposição, no sono, na sexualidade, nos humores, etc. Observa-se, por exemplo, no inverno, um padrão de depressão e no verão euforia.
É muito importante saber que a cada dança das estações têm um começo, meio, fim e a sabedoria consiste na compreensão de que tipos de ações são apropriadas para cada fase. O que é bom para uma época, pode ser destrutivo em outra. 
 Léo Artése

Alteração na Agenda - La Loba 2010

ATENÇÃO:
A VIVÊNCIA LA LOBA será em outra data, devido à Formação de Doula.
Desculpe-nos qualquer desconforto na sua agenda, espero que possa estar conosco!


Veja algumas fotos da 1ª edição da LA LOBA:
AQUI

Honrarias no Solstício de Inverno

O inverno é associado à velhice, aos anciãos (os sábios e ancestrais tinham seus cabelos brancos como a neve do inverno).  É o local de preces e de agradecimento. É o local da honra, o melhor para conexão com nossos ancestrais xamânicos e seres extra terrestres.
No inverno tudo parece estar meio adormecido, congelado, mas, na verdade,  grandes crescimentos estão ocorrendo.  As sementes que estavam dentro da Terra começam a se enraizar. O crescimento é para dentro. Esse crescimento interior, essas raízes, é que permitirão à planta desabrochar na primavera.
O inverno é para desacelerar, reduzir a velocidade e aprendermos a entrar na escuridão e quietude de nossos sonhos.
Dia 21 de junho, no Espaço Rapa Nuy, acolho você... foguinho, cházinho, chimarão e uma boa roda de oração e cura com Medicina da Terra.
Abraço,
Ana Andrade (Eçaí)


Lua Nova de junho/2010

Resumo o encontro da Lua Nova de junho/2010 com a seguinte frase do amado Osho:  "Seja nada, e então tornar-se-á oceânico. Até uma gota de orvalho numa flor de lótus treme quando vai se desprender. Ela sabe que faz parte do oceano, mas ela teme, porque ela vai ter que morrer para isso. Não é uma morte física, é uma morte daquilo que ela foi um dia. Crie coragem e mude tudo em sua vida. Morra para tudo aquilo que você não quer ser. Promova um renascimento de si mesmo".
 



 Adiante que o tempo uuuurge.

A Arte da Deusa Tríplice

Olá meninas, dia 04 de JULHO estarei focalizando uma vivência linda juntamente com Rosana Costa, uma grande irmã de caminhada. Esperamos vocês!

Freya - Deusa nórdica da sensualidade e sexualidade


Houve um tempo no início
um tempo em que não havia nada
um tempo em que eu dançava
minha dança da sexualidade
a energia da criação
e com essa dança
oferecia ao Todo a minha dádiva


A sexualiciade trouxe união comigo com a Deusa
com o êxtase espiritual

A sexualidade curou e integrou regenerou e revigorou
A sexualidade entrelaçou você na rede de todos os seres vivos
Pois a vida existe para expressar a si mesma


Nova vida
Vitalidade
ritos de prazer
possibilidade ilimitada
o que quer que você escolha
a sexualidade é a dança expressiva da vida
e sua maior dádiva


Senhora das Valquírias
Freya é a Deusa-Mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica.
Fréya era filha de Njörd (Deus do Mar) e da giganta Skadi (Senhora dos Invernos e Caçadora das Montanhas). Tinha como irmão Freyr, que era o deus da paz e da prosperidade. Pertencia a raça dos Vanes. Ela nasceu em Vaneheim, também era conhecida como Vana, a Deusa dos Vanes, ou como Vanebride. Ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores.
É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).
De caráter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.
Diz à lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.
Na tradição germânica, Freya e dois outros vanirs (Deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (Deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.
Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortas em batalha iriam para seu salão Sessrumnir.
O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade. Freya também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o Deus do fogo.
Os europeus do norte chamaram sua Deusa sensual de Fréya, que significa "concubina" e deram seu nome para o sexto dia da semana, a Sexta-feira, ou "Friday". Ela era a regente ancestral dos deuses mais velhos, ou Vanir e irmã de Fricka. Fréya era a mais bela e querida entre todas as Deusas, que na Alemanha era identificada com Frigga.
Fréya e Frigga são consideradas dois aspectos da Grande Deusa. Fréya é o aspecto donzela e Frigga o aspecto materno.

 

AS UNIÕES DE FRÉYA
Fréya por ser tão bonita, despertou o amor de Deuses, Gigantes e Gnomos e todos tiveram a sua vez, para tentar obtê-la como esposa. Porém, Fréya desdenhou os feios Gigantes, e inclusive rechaçou a Thrym quando Loki e Thor a obrigaram a aceitá-lo como marido. Entretanto, não era tão inflexível quando tratava-se dos Deuses, pois como personificação da Terra, desposou: Odin (o Céu), Freyr
(o irmão que representa a chuva fertilizante), Odur (a luz do Sol), entre outros.Teve muitos maridos e amantes, que aparentemente mereceu as acusações de Loki de ser muito volúvel, pois havia amado e casado com muitos Deuses.
 
O COLAR MÁGICO E O MANTO
  Como Deusa da Beleza, Fréya, igual a todas as mulheres, era apaixonada por vestidos e jóias preciosas. Um dia, enquanto se encontrava em Svartalfrein, o reino debaixo da terra, viu quatro gnomos fabricando um belo colar. Quando a Deusa o viu pela primeira vez, decidiu que deveria ser seu, mas os gnomos não o queriam vender. No entanto, eles a presenteariam com o colar se ela passasse uma noite com cada um deles. Sem hesitar, Freya concordou e tornou-se proprietária de Brinsingamen (colar), um poderoso equilíbrio da Serpente Midgard e um símbolo de fertilidade. Tais atributos correspondem à Lua Cheia. O colar mágico que Freya usava foi obra dos artesões conhecidos como Brisings: Allfrigg, Dvalin, Berling e Grerr. A inveja e a cobiça de Odin por tal jóia e pelo meio através do qual Fréya a obteve o levou a ordenar ao deus gigante Loki que roubasse o colar. Para recuperá-lo, Fréya deveria concordar com uma obscura ordem de Odin: deveria incitar a guerra entre reis e grandes exércitos para depois reencarnar os guerreiros mortos para que lutassem novamente.
Fréya também era orgulhosa proprietária de um manto de plumas de falcão. Quando Fréya aparecia envolta em seu manto de plumas de falcão e não usando nada a não ser seu colar mágico de âmbar, ninguém podia resistir a ela. O manto de penas, lhe permitia voar entre os mundos. Já o colar mágico da Deusa, tinha o dom de fazer desaparecer os sentimentos dolorosos. Este colar se rompeu uma vez, segundo uma lenda, por ira da Deusa ao tomar conhecimento de que um gigante havia roubado o martelo de Thor e pedia sua mão para devolver a arma do Deus do Trovão.

RAINHA DAS VALQUÍRIAS
Com o nome de Valfreya comandava as Valquírias nos campos de batalha, reclamando para si, metade dos heróis mortos. Era representada portando escudo e lança, estando somente a metade inferior de seu corpo vestida com o atavio solto habitual das mulheres. Fréya transportava os mortos eleitos até Folkvang, onde ram devidamente agasalhados. Ali eram bem-vindas também, todas as donzelas puras e as esposas dos chefes, para que pudessem desfrutar da companhia de seus amantes e esposos depois da morte. Os encantos e prazeres de sua morada eram tão encantadores e sedutores que as as mulheres nórdicas, as vezes, corriam para o meio da batalha quando seus amados eram mortos, com a esperança de terem a mesma sorte, ou deixavam-se cair sobre suas espadas, ou ainda, ardiam voluntariamente na mesma pira funerária em que queimavam os restos de seus amados. Muito embora, Fréya seja regente da morte, Rainha das Valquírias, as condutoras das almas dos mortos em combate, ela não era uma Deusa atemorizadora, pois sua essência era o poder do amor e da sexualidade, embelezando e enriquecendo a vida. Ela era ainda, a única que cultivava as maçãs douradas de que se alimentavam os deuses lhes conferindo a graça da juventude eterna. Como acreditava-se que Fréya escutava a oração dos apaixonados, esses sempre a invocavam e era costume compor canções de amor em sua honra, as quais eram cantadas em ocasiões festivas. Na Alemanha, seu nome era usado com o significado do verbo "cortejar". Este aspecto da Deusa, também conhecida como líder das Valquírias, a conecta à Lua Nova.  
DEUSA-XAMà
É considerada ainda, a Deusa da magia e da adivinhação. Ela era quem iniciava os deuses na arte da magia. A magia de Freya era xamanística por natureza, como indica seu vestido ou manto de pele de falcão, que permitia que se transformasse em um pássaro, viajasse para qualquer dos mundos e retornasse com profecias. A Deusa, aliás, emprestou a Loki a sua plumagem de falcão para que ele fosse libertar Idunn, a Deusa Guardiã da Maçã da Juventude, raptada pelo gigante Thjazi, metamorfoseado em águia. Os xamãs atuais julgam tal habilidade de efetuar viagens astrais como necessárias para a previsão do futuro e para obter sabedoria. Entre os nórdicos, esta habilidade presenteada por Freya, era chamada Seidhr.  
ENCANTAMENTO SEIDHR
 Seidhr era uma forma mística de magia, transe e adivinhação primariamente feminina. Apesar da tradição rezar que as runas teriam se originado de Freya, e que fossem utilizadas por suas sacerdotisas, a maior parte de Seidhr envolvia a prática de transmutação, viagem do corpo astral através dos Nove Mundos, magia sexual, cura, maldição e outras técnicas. Suas praticantes chamadas Volvas ou às vezes Seidkona, eram sacerdotisas de Freya. Enquanto uma volva entrava em transe, outras sacerdotisas entoavam canções especiais, chamadas "galdr". Era o uso do canto conjugado com a repetição de poesias que era criado o estado alterado de consciência. As volvas podiam inclusive entrar em contato com elfos e duendes. Eram consultadas pelo povo sobre todos os tipos de problemas. As Volvas moviam-se livremente de um clã ao outro. Elas não costumavam se casar, apesar de possuírem muitos amantes. Essas mulheres portavam cajados com uma ponteira de bronze e usavam capas, capuzes e luvas de pele de animais. As mulheres pareciam ser as únicas praticantes do Seidhr de Freya, pois esse era um ritual-erótico reservado as mulheres. Isso implica que esse prática datasse provavelmente de época anterior à formação dos dogmas paternalistas e, portanto, sem dúvida, de antes da androcratização dos mitos (os anos, divindades da Fertilidade e da Proteção, são sobreviventes dessa época). Entretanto, existem vestígios em poemas e prosas de que Seidhr fosse também praticado por homens vestidos com roupas de mulheres. Odin, por exemplo, é a única deidade masculina listada nos mitos a ter praticado este tipo de magia, como iniciado de Freya. Vestir-se com roupas de sexo oposto é uma tradição realmente antiga que tem suas raízes na crença de que um homem deve espiritualmente transformar-se em uma mulher para servir a Deusa. 
FRÉYA E ODUR 
Fréya, como personificação da Terra, casou-se com Odur, o símbolo do Sol de verão, a quem ela amava muito e com o qual teve duas filhas: Hnoss e Gersimi. Essas donzelas eram tão formosas que todas as coisas belas eram batizadas com seus nomes. Enquanto Odur permaneceu ao seu lado, Fréya sempre estava sorridente e era completamente feliz. Porém, cansado da vida sedentária, Odur abandonou seu lar subitamente e se dedicou a vagar pelo mundo. Fréya, triste e abandonada, chorou copiosamente e suas lágrimas caiam sobre as pedras abrandando-as. Se dizia inclusive, que chegaram a introduzir-se no centro das pedras, onde se transformavam em ouro. Outras lágrimas cairam no mar e foram transformadas em âmbar. Cansada da sua condição de viúva de marido vivo e desejosa de ter Odur novemente em seus braços, Fréya resolveu empreender finalmente sua busca, atravessando terras, ficou conhecida por diferentes nome como Mardel ("Luz sobre o Mar"), Horn ("Mulher linho"), Gefn ("A Generosa"), Syr ("A Porca"), Skialf e Thrung, interrogando a todos que se encontravam a um passo, sobre o paradeiro de seu marido e derramando tantas lágrimas que em toda a parte o ouro era visto sobre a Terra. Muito longe, ao sul, Fréya encontrou finalmente Odur, debaixo de uma florescente laranjeira, árvore prometida aos apaixonados. De mãos dadas, Odur e Fréya empreenderam o caminho de volta para casa e à luz de tanta felicidade, as ervas cresceram verdes, as flores brotaram, os pássaros cantaram, pois toda a natureza era simpatizante com a alegria de Fréya como se afligia quando se encontrava triste. As mais belas plantas e flores do Norte eram chamadas de cabelos de Fréya, as gotas de orvalho de olho de Fréya. Também dizia-se que a Deusa tinha um afeto especial pelas fadas, gostava de observá-las quando dançavam à luz da Lua e para elas reservava as mais delicadas flores e o mais doce dos mel. Odur, o marido de Fréya, era considerado a personificação do Sol e também um símbolo da paixão e dos embriagantes prazeres do amor, por isso, esse povo antigo, declarava que não era de estranhar que sua esposa não conseguira ser feliz sem ele, Esta Deusa era também, protetora do matrimônio e dos recém-nascidos.

DEUSA DA FERTILIDADE E DOS GATOS
  Fréya, Deusa da Fertilidade, da Guerra e da Riqueza, viveu em Folkvang (campo de batalha) e possuía a habilidade de voar, o que fazia com uma charrete puxada por dois gatos brancos: Bygul (cabeça de ouro) e Trjegul (árvore do âmbar dourado). Após servirem a Deusa por 7 anos, eles foram recompensados sendo transformados em bruxas, disfarçadas em gatos pretos. Os gatos eram os animais favoritos da Deusa Fréya,considerados símbolos de carinho e sensualidade, ou da personificação da fertilidade. 
 Freya é portanto, uma Deusa associada aos gatos, tal qual a egípcia Bast e à grega Àrtemis Além disso, tinha poderes de se transmutar e era a Sábia que inspirou toda a poesia sagrada. Mulheres sábias, videntes, senhoras das runas e curandeiras estavam intimamente conectadas com Freya, pois só ela era a Deusa da magia, bruxaria e dos assuntos amorosos. Algumas vezes, foi representada conduzindo junto com o irmão Freyr uma carruagem conduzida por uma javali de cerdas de ouro, espalhando, com suas mãos pródigas, frutas e flores para alegrar os corações da humanidade.

FRÉYA, A DEUSA-JAVALI
Como Deusa da Batalha, Fréya montava um javali chamado de Hildisvín. O sobrenome de Fréya era "Syr", que significa "porca". O javali tem associações especiais dentro da mitologia nórdica. Como Deusa-Javali, ou Deusa-Porca Fréya está associada entre os nórdicos como entre os germanos e os celtas, a práticas sexuais proibidas (em particular o incesto entre irmão e irmã, representado pelo par Freyr-Fréya), muitas vezes ligadas às celebrações da primavera e da renovação: durante essa cerimônia realizava-se o acasalamento ritual de um sacerdote com uma sacerdotisa, considerados como o Senhor Freyr e a Senhora Fréya. Esse rito sexual, do qual existia uma equivalência entre os celtas, sobreviveu, principalmente na Inglaterra, na forma, muito atenuada, de coroar um rei e uma rainha de Mai (a tradição dos mais, dos trimazos ou da árvore de mai, corrente na França ainda há não muito tempo, teve origem semelhante).
O javali era também o animal sagrado de Freyr, o Deus fálico da Fertilidade e era sacrificado à ele como oferenda no ano novo, de modo a garantir prosperidade nos doze meses seguintes. Daí surgiu o costume, que chegou até nossos dias, de comermos carne de porco na virada do ano.
O costume da cabeça de javali ou porco na mesa de Natal, com uma maçã à boca, também remonta diretamente aos ritos consagrados a Freyr. Sacrificava-se a ele um porco ou javali por ocasião do "Feöblot" ("sacrifício a Freyr"), que se realizava durante o "Jul" (ciclo de doze dias no solstício de inverno), porque o Deus tinha como atributo um javali de cerdas de ouro, chamado Gullinbursti, o qual também lhe servia, ocasionalmente, de montaria.

O javali, na mitologia celta, é símbolo do poder espiritual inacessível e foi perseguido por Artur, que representava o poder temporal e guerreiro.

A HISTÓRIA DE FRÉYA E OTTAR

Os nórdicos não só invocavam Fréya para obter êxito no amor, prosperidade e crescimento, mas sim também, em certas ocasiões, para obter ajuda e proteção.
Ela concedia à todos que a serviam fielmente, como aparece na história de Ottar e Angantyr, dois homens que, após discutirem durante algum tempo direitos de propriedade, expuseram sua disputa ante os Deuses. A assembléia popular decretou que o homem que pudesse provar a descendência de estirpe mais nobre e mais extensa, seria declarado vencedor, sendo designado um dia especial para ser investigada a genealogia de cada demandante. Ottar, incapaz de recordar o nome de seus antepassados, ofereceu sacrifício a Fréya, rogando por sua ajuda. A Deusa escutou indulgentemente sua oração e, aparecendo diante dele, o transformou em um javali e sobre o seu lombo cavalgou até a morada da feiticeira Hyndla, uma célebre bruxa. Com ameaças e súplicas, Fréya exigiu que a anciã traçasse a genealogia de Ottar até Odin e nomeasse cada indivíduo por seu nome, com o resumo de suas façanhas. Então, temendo pela memória de seu devoto, Fréya também exigiu a Hundla que preparasse uma poção de recordação, a qual deu a ele para beber. Assim preparada, Ottar apresentou-se ante a assembléia no dia marcado e com facilidade recitou sua linhagem, nominado os muitos mais antepassados de que Angantyr pode recordar, por isso foi facilmente recompensado com a garantia de posse da propriedade em questão.


DEUSA-LÍDER DAS DISIR
Dentro das tradições dos antigos povos nórdicos, a Deusa Fréya era uma das líderes dentro do matriarcado das Deusas, o que lhe rendia vários cultos, principalmente na Suécia e na Noruega, onde era venerada como a "Grande Dis".
O Disirblot, era um festival celebrado anualmente no início de inverno nórdico em honra a Deusa Fréya e as Disir. Durante a comemoração era servido cerveja, porco, maçãs e cevada. Todos os festivais nórdicos eram denominados de "blots" e contava com o comparecimento de toda a comunidade. Seu culto tinha caráter erótico e orgiástico, associado sempre com a luxúria, o amor e a beleza. As ancestrais femininas Disir eram descritas como nove mulheres vestidas de preto ou branco, carregando espadas. Nove é um número lunar e é considerado pelos nórdicos como um dos mais misteriosos e sagrados números. As Disir estão também associadas as Valquírias e as Norns. Elas traziam sorte, mas também eram famosas por suas adivinhações, principalmente quando envolvia justiça cármica. Conectar-se com as Disir é muito eficaz para aumento de auto-estima e poder pessoal. Todos os rituais de invocação dessas sacerdotisas devem ser realizados na lua cheia. Os templos dedicados a Deusa Fréya eram muito numerosos e foram mantidos durante muito tempo por seus devotos, o último em Magdeburgo, na Alemanha, foi destruído por ordem do Imperador Carlos Magno.


CULTO À FREYA
 
 Era costume serem realizadas ocasiões solenes ou festivais para beber e honrar a Deusa Fréya junto com outros Deuses, mas com o advento do cristianismo se introduziu no Norte, iguais comemorações foram transladadas para a Virgem ou a Santa Gerturdes. A mesma Fréya, como todas as divindades pagãs, foi declarada como demônio ou uma bruxa e desterrada aos picos das montanhas norueguesas, suecas e alemãs. Como a andorinha, o cuco e o gato eram animais sagrados para Fréya nos tempos pagãos, acreditou-se que essas criaturas tinham qualidades demoníacas, e inclusive nos dias atuais se representa as bruxas com gatos pretos ao seu lado.
ARQUÉTIPO DA TERRA FRÉYA
Como arquétipo da Terra é a "Mãe Escura" que através de seu útero cria todas as coisas vivas. 
Já na qualidade de "Mãe Terrível", ela devora tudo que nasce de volta para o seu ventre. Seu útero de morte é um estômago devorador de carne humana, o escuro abismo de tudo que vive. É o sangue do guerreiro que a alimenta e é por isso, que a Deusa exige oferendas de sangue vivo para ser saciada.
 Neste seu aspecto podemos associá-la à deusa Kali

Os instintos de agressão e sexualidade, o amor e a morte, estão todos inseparavelmente unidos a Deusa Fréya. Isso porque, a fecundidade dos seres vivos está baseada no instinto que os impele ao sexo, mas toda a vida também depende do alimento e esse, do ato de dominar e devorar a presa. De igual forma, a psique humana, quando projeta-se para o inconsciente, encontrará nele a unidade de um útero escuro (a terra interior), no qual criaturas se devoram e se geram. A terra está viva dentro do inconsciente do homem e é a Grande Mãe, em oposição ao princípio masculino patriarcal. 
O simbolismo matriarcal é perigosamente pagão aos olhos do patriarcado, pois a terra foi amaldiçoada como sendo a quintessência do mal, pelo mundo patriarcal, dominado pelo Céu. O patriarcado despedaçou a humanidade, tornando-a uma parte superior e outra inferior, não deixando margem para reconciliação entre ambas. A visão patriarcal tentou varrer de volta para o útero (inconsciente), todo o elemento titânico do mundo matriarcal e acredita que teria vencido esse dragão colocando o pé sobre sua cabeça. Entretanto, mesmo assim a humanidade seguiu matando e assassinando, entregue ao próprio inconsciente, encontrando desculpas e justificativas sagradas para tais feitos. Dessa vez, não foram as Deusas, mas sim o Deus único e Todo-Poderoso que exigiu essas ações. As guerras travadas nesses casos, foram então consideradas guerras santas.  
A grande verdade é que não necessitamos de ilusões enganadoras para percebermos os instintos agressivos de dentro de nós. O correto é não culpar Deusas ou Deus e reconhecermos essa força impulsionadora em nós como algo esmagador, que ainda não foi descoberta a cura, mas que é uma doença, que nada tem a ver com "sagrada". A submissão à escuridão, a aceitação dos aspectos negativos de "anima" (princípios femininos) e "animus" (princípios masculinos), a sensibilidade e o instinto perante à natureza e a assimilação do inconsciente no sentido da integração da personalidade, são algumas das expressões mais significativas para o desenvolvimento psíquico do homem atual. A nossa Terra Interior é antes de tudo, uma Terra criativa, que não apenas produz e engole a vida, mas que também transforma, porque permite que tudo aquilo que morreu seja ressuscitado e trás para o exterior o mais elevado.  
ENCONTRANDO-SE COM FRÉYA 
Fréya chega em nossas vidas para ajudar-nos a respeitar nossa sexualidade. Está mais que na hora de você se ligar a esta energia vital, primordial e revigorante e expressá-la, tenha ou não parceiro. Trata-se de estar plenamente presente no corpo e sentir a energia vibrante e elétrica de seus órgãos sexuais e usá-la para animar todo o seu ser. 
Você tem medo de sua sexualidade? 
As advertências que recebeu na infância e adolescência a impedem de explorá-la? 
Você acha que o sexo exige parceiro e que, se não estiver com alguém, não pode desfrutar sua sexualidade? 
Fréya diz que quando se vive a sexualidade, todos nós nos abrimos para a energia dinâmica que flui em toda a criação. Quando você a exclui, limita suas possibilidades de entrar em contato com a energia da Deusa, que lhe trará mais vitalidade. No caminho à totalidade devem ser incluídos todos os aspectos, mas principalmente a sexualidade.
Como vemos, esta Deusa tem associação com tantas outras deusas de outros panteões: Frigga, Ísis, Kali, Afrodite, Ártemis, Bast...
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Fonte:
http://bruxarevolucionaria.blogspot.com
http://witchclubhouse.blogspot.com
E NOMINE - DAS OMEN IM KREIS DES BÖSEN
Se algum artigo neste blog estiver como "autoria desconhecida" e você souber informar, agradecemos e faremos a devida correção. Solicitamos também que, ao ser extraída qualquer informação desta página, seja adicionada à devida autoria ou endereço:
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